sexta-feira, 22 de maio de 2009

Poetas e brincantes

Silêncio enfim,
alma que tem um caminho,
encontros, amizades
pertubações, buscas
necessidades, sensações,
dores, encantos
vida e essência

Celebrações,
canções profundas do ser,
sintonia, alegria que não para,
essa música de pelavras,
cheia de doçuras de criança,
dias cercados de nomes,
desses seres tão perto em sua distância,
esses amigo de madrugadas;

Tão conhecidos como amigos do peito,
que na verdade tomaram caminho próprios,
enxergam nas distâncias,
viram além de seus próprios devaneios,
alguns chamados vivsionários;
apenas gente,
comum de decisões e indecisões,
cheias de humanidade tão incomum;

Algo tão sincero e errado,
que confunde a mentira do certo em nós,
assim é o que encontramos,
percebemos além dos arco-íris,
achamos nossas próprias ciências,
eles no fim só caminharam sem medo,
caminho bom e tão íngreme, cheio de um querer bem,
e de profundidades e mudanças tão rotineiras,

Brincadeira de poeta,
Brincar com gestos,
em um temp em que os bricantes são tão certeiros,
em que nada é proibido,
é um tempo é proibido,
pois como eles brincantes,
se leva tudo em brincadeira,
na seriedade profunda do amor;

Simples situação,
palavra decorrida,
brincadeira tão sem limites,
com o limite do ser,
que escolhe sentir profundo,
corriqueiro,cheio de surpresa;

nessa boa aventura e presente sem limites,
que é aprender com a existência
sem nenum penitência
além de imprudência
é enxergar a vida no olhar de um poeta que brinca de existir,
nessa jogo tão sem regras,
em que o que importa é ser,
leve e claro como o sol a nascer

Poetas de Florbela

Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.

Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!

Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender por poetas

E eu arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma para sentir
A dos poetas també
(Florbela Espanca)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Segunda com Walt Whitman

Eu CELEBRO a mim mesmo,
E o que eu assumo você vai assumir,
Pois cada átomo que pertence a mim pertence a
[ você.

Vadio e convido minha alma,
Me deito e vadio à vontade .... observando uma
[ lâmina de grama do verão.

Casas e quartos se enchem de perfumes .... as
[ estantes estão entulhadas de perfumes,
Respiro o aroma eu mesmo, e gosto e o
[ reconheço,
Sua destilação poderia me intoxicar também,
[ mas não deixo.

A atmosfera não é nenhum perfume .... não tem
[ gosto de destilação .... é inodoro,
É pra minha boca apenas e pra sempre .... estou
[ apaixonado por ela,
Vou até a margem junto à mata sem disfarces e
[ pelado,
Louco pra que ela faça contato comigo.

A fumaça de minha própria respiração,
Ecos, ondulações, zunzuns e sussurros .... raiz
[ de amaranto, fio de seda, forquilha e videira,
Minha respiração minha inspiração .... a batida
[ do meu coração .... passagem de sangue e
[ ar por meus pulmões,
O aroma das folhas verdes e das folhas secas,
[ da praia e das rochas marinhas de cores
[ escuras, e do feno na tulha,
O som das palavras bafejadas por minha voz ....
[ palavras disparadas nos redemoinhos do
[ vento,
Uns beijos de leve .... alguns agarros .... o
[ afago dos braços,
Jogo de luz e sombra nas árvores enquanto
[ oscilam seus galhos sutis,
Delícia de estar só ou no agito das ruas, ou pelos
[ campos e encostas de colina,
Sensação de bem-estar .... apito do meio-dia
[ .... a canção de mim mesmo se erguendo
[ da cama e cruzando com o sol.





Uma criança disse, O que é a relva? trazendo um
[ tufo em suas mãos;
O que dizer a ela ?.... sei tanto quanto ela o que
[ é a relva.

Vai ver é a bandeira do meu estado de espírito,
[ tecida de uma substância de esperança verde.
Vai ver é o lenço do Senhor,
Um presente perfumado e o lembrete derrubado
[ por querer,
Com o nome do dono bordado num canto, pra que possamos ver e examinar, e dizer
É seu ?



O blablablá das ruas .... rodas de carros e o
[ baque das botas e papos dos pedestres,
O ônibus pesado, o cobrador de polegar
[ interrogativo, o tinir das ferraduras dos
[ cavalos no chão de granito.
O carnaval de trenós, o retinir de piadas
[ berradas e guerras de bolas de neve ;
Os gritos de urra aos preferidos do povo ....
[ o tumulto da multidão furiosa,
O ruflar das cortinas da liteira — dentro um
[ doente a caminho do hospital,
O confronto de inimigos, súbito insulto,
[ socos e quedas,
A multidão excitada — o policial e sua estrela
[ apressado forçando passagem até o centro
[ da multidão;
As pedras impassíveis levando e devolvendo
[ tantos ecos,
As almas se movendo .... será que são invisíveis
[ enquanto o mínimo átomo é visível ?
Que gemidos de glutões ou famintos que
[ esmorecem e desmaiam de insolação
[ ou de surtos,
Que gritos de grávidas pegas de surpresa,
[ correndo pra casa pra parir,
Que fala sepulta e viva vibra sempre aqui....
[ quantos uivos reprimidos pelo decoro, Prisões de criminosos, truques, propostas
[ indecentes, consentimentos, rejeições de
[ lábios convexos,
Estou atento a tudo e as suas ressonâncias ....
[ estou sempre chegando.





Sou o poeta do corpo,
E sou o poeta da alma.

Os prazeres do céu estão comigo, os pesares do
[ inferno estão comigo,
Aqueles, enxerto e faço crescer em mim mesmo
[ .... estes, traduzo numa nova língua.

Sou o poeta da mulher tanto quanto do homem,
E digo que é tão bom ser mulher quanto ser
[ homem,
E digo que não há nada maior que a mãe dos
[ homens.





Vadio uma jornada perpétua,
Meus sinais são uma capa de chuva e sapatos
[ confortáveis e um cajado arrancado
[ do mato ;
Nenhum amigo fica confortável em minha
[ cadeira,
Não tenho cátedra, igreja, nem filosofia;
Não conduzo ninguém à mesa de jantar ou à
[ biblioteca ou à bolsa de valores,
Mas conduzo a uma colina cada homem e mulher
[ entre vocês,
Minha mão esquerda enlaça sua cintura,
Minha mão direita aponta paisagens de
[ continentes, e a estrada pública.

Nem eu nem ninguém vai percorrer essa estrada
[ pra você,
Você tem que percorrê-la sozinho.

Não é tão longe assim .... está ao seu alcance,
Talvez você tenha andado nela a vida toda e não
[ sabia,
Talvez a estrada esteja em toda parte sobre a
[ água e sobre a terra.

Pegue sua bagagem, eu pego a minha, vamos em
[ frente;
Toparemos com cidades maravilhosas e nações
[ livres no caminho.

Se você se cansar, entrega os fardos, descansa a
[ mão macia em meu quadril,
E quando for a hora você fará o mesmo por mim;
Pois depois de partir não vamos mais parar.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sexta Feira com Neruda

Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio
Ou flechas de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Senão assim deste modo que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Antes de amar-te, amor, nada era meu:
Vacilei pelas ruas e as coisas.
Nada contava nem tinha nome.
O mundo era do ar que esperava
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se dependiam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo.
Caído, abandonado, decaído,
Tudo era inalianavelmente alheio.
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
(Plabo Neruda-A dança)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Melodia de força no viver

Amigo foram alguns anos,
Te vejo muitas das poucas vezes,
esse irmão querido
numa batalha em que ele mesmo não sabia,
viu a vida lhe dar um presente
Criança Linda vi em dias únicos
e percebi que eram belos,singelos e únicos seus dias

Observei pela distância,
eu de muito falar me calei,
a sabedoria no silêncio,
e isso tudo era apenas ela,
com singeleza, alegria, busca e bom ânimo
que seu sorriso de criança pode nos trazer,
era fortaleza,
vida clara,
certeza incomum,

bem clara a sua coragem o jeito de criança,
nos remetia a uma esperança,
pureza, graça
uma menina filha que o meu coração compartilhou contigo em muitas distâncias
sinfonia boa,
te acompanhar em tudo,
na sua viagem boa estive ao lado no coração

Senti, amei e a cada dia nas madrugadas
conheço essa guerreira
que para o Pai amigo
teve o encontro
como presente que está entre todos nós
clara, linda e única
esse bebê
essa criança
presente em nós no Poeta Maior

A Luísa , filha do Léo mano-amigo

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Brincadeiras antigas

dessas alegrias do repente,
esses momentos de canção,
essa vivência
em que arte, vida,
alegria, compreensão
não são tanto promessas

hoje tudo se encontra
em uma pessoa,
com alegria,
de quem sempre traz arte e poesia,
desse meus Parabéns
desejo a singeleza do parabpens
que é vida, essência
nessa surpresa diária
do presente
tão único e tão insistente
e que em nós não para viver.

Alma Aberta

Simplesmente ser quem sou
são expressões vividas e experimentadas,
queridas e amadas,
buscadas e sofridas,
são pelnitude,
profunda busca
assim intenso do existir

Palavras que trazem momentos
os plenos
os que queremos,
expectativas
apenas uma nova ânsia
que conhece um caminho para encontrar

Enfim novos encantos,
poesias diferentes,
definições tão minhas
e suas intensas
como melodia no alvorecer
Brasília e seu sol
o mundo e suas lutas
As muitras procuras

Tudo isso com sentido próprio
uma ação que encontr pouso
destinos intrinsecos
e na verdade tão inaturais
oraçõe,frases
períodos
eu e o Português

a minha essência
na verdade vive além de línguas
e tudo consistente
pelo que quero, ajudo ,
encontro em mim mesmo
o mais limpo e sujo do humano,
há um paz, misericórdia em
que encontro o fim de guerra e tanta pretensão

Mato meu egoísmo
com apenas simplicidade
defino a vida além de minha maldades
ou daquilo a cada dia busco ser bondade
sou o que vivo e o meu canto
é apenas viver é presente no agora
esse momento único não mais passado
e sim registrado

O que importa não é ter ou apenas querer
esse querer vai além
é sinuosa alegria
perfeito das imperfeições do meu dia
sou apenas o que sou
viver com esse mar de beleza infinita
esse ser que no meu próprio limite
vê a enseada de fé
uma praia de esperança
e uma ilha cercada de amor
a existência