segunda-feira, 20 de julho de 2009

Tardes, noites e dias amigais assim

O hábito nos toma,
quando menos os nossos olhos percebem,
nos vemos, nos ouvimos e nos sentimos
além de pequenos espaços,

Dias em que tudo em nos se torna pequena,
na nossa busca imensa,
por coisas tão distantes que estão tão perto,
e coisas tão perto
que se tornam assim longinquas,
pelo simples fato de ver sem enxeregar que a alma
tão desfigurada e em pura ausência
pode ver nas nossas dores e desamores,

As vezes tudo em nós é tão físico e certo,
que o intenso e profundo do nosso tranverso interior,
vislumbra esse universo que nasece em tardes de domingo,
essas noites de sábado que nos perdemos
e que também para isso tem o achado,
manhãs de segunda em que as perguntas são tão claras,

Na verdade é um diverso de dias em que procuras param,
apenas a procura de tudo que é terceiro
como diria Gessingaer
isso em meio ao que somos
nas tardes de Inverno da Capital Federal,
em noites claras de dias quentes,
em seres de almas fervilhantes,

Terraqueos de nós mesmos,
encontramos sanidade em meio a tanta repetição,
percebe, que o existir se enxuga em dias,
que são assim digamos um pouco de tudo que vivemos,
dias como esses tão cheios
de traços perceptiveis,
e de enlaces insinuosos,

Claros enclaves de corações
de homens ,mulheres ,genêros tantos,
negros,índios, cores imensas,
falantes, calados, decididos e ofuscados,
sábios de poucas palavras e homens de palavra e ação,

Isso só seria possível
com esse outro igual nas nossas dessemelhanças,
nos mirando na família,
na rua, na escada e até dentro de nós,
esse que não vive além de momentos é vida inteira,
é assim de palavra única
algo sem tempo amigal

algo não mais ofuscante
essa distância não acaba,
pois é resposta presente
é amigo suficiente
alguém tudo e nada,
palavra bonita ,ótima e que acorda e mostra,
esse é você o meu igual
(Em homenagem a essas figuras únicas os amigos)

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